terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Última estrofe do soneto XXII, Caelica (pub. 1633), Fulke Greville

(foto tirada na seção de obras raras da Universidade de Michigan, em 2007)



Was it for this that I might Myra see?
Washing the water with her beauties, white,

Yet would she never write her love to me:

Thinks wit of change while thoughts are in delight?

Mad girls may safely love as they may leave:
No man can print a kiss; lines may deceive.



Myra-Lua lava as águas com sua brancura?
(Lavando as águas com suas belezas, pratas)
Ofélia pálida (Fair Ophelia) lava a água: mergulho de morte?
(Lavando a água com suas belezas, alva)
Puro símbolo mallarmaico (Lírio!):
(Lavando as águas com suas belezas - branco!)

Eis a agudeza seiscentista...




Um comentário:

  1. todo grão de areia é um universo,
    todo o universo é um grão de areia.

    Blake bebendo em fontes profundas... tão profundas que vejo na transparência cristalina o ópio da alma dos deuses. Eles sabiam. Nós esquecemos.

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